terça-feira, 17 de maio de 2011

Maria

Oi pessoal,
Eu vou postar uma pequena crônica que eu criei, não é lá muito boa mas o que eu posso fazer? Eu fiz ela faz bastante tempo, nem me lembro quando então... Lá vai:

                                                                  Maria


                                    1

        Estou calmo no meu escritório quando Josh bate na porta (Josh é meu mordomo):

     - Sim? – digo - Pode entrar.

Ele entra e calmamente diz:

     -carta para o senhor.

E me entrega a carta. Rápido como um raio, tiro a carta de sua mão e a observo; no lugar onde fica o remetente está escrito “remetente anônimo” bem grande. Tenho medo dessas coisas você não sabe quem enviou, pode ser perigoso.
           Relutante abro a carta e levo um susto:



“Para: Carlos Mina



Caro Carlos

Sinto muito se não pude te escrever.

Meu pai acaba de morrer e como filha única fico no lugar dele na empresa.

Por isso ando muito ocupada.



Perdoe-me

Maria Passadore.”



   Não acredito é Maria! Maria Passadore!Já faz uns 10 anos que não a vejo. Só tem uma coisa que não entendo...

No ano de 1995 fiquei deprimido e resolvi procurar Maria procurei, procurei... Porem não a achei. Então tive uma idéia procurar pelo pai dela, Marcus Passadore. Durante essa busca, a notícia de que Marcus havia morrido perdi o animo, pois ele era amigo de meu pai e quando meu pai morreu me tratou como seu próprio filho.

  Nós estamos no ano de 2000 ele não pode ter acabado de morrer.

  Remexi a carta em busca de resposta e lá escondida num canto do papel bem pequenininha estava a data: 07/01/1995.

 Duas semanas após a morte de Marcus.

Vou reclamar com o correio!!!!

Bom não importa a questão agora é: devo responder a carta?

Considerando que vou ter que descobrir o endereço, escrever a carta, enviar e etc. normalmente diria não, mas o que a gente não faz por uma amiga?

 Pego o computador e começo a procurar.

 Tomara que eu ache:

  -jooooooosh!!!!!!!!!! -grito

  - chamou senhor?

  -faça uma pesquisa sobre Maria Passadore. Eu vou tomar um banho.

  - sim senhor- diz ele enquanto saio da sala.

  Do corredor ouço ele falar com a diarista:

  -ele ainda está vidrado nessa Maria Passadore.

  - pois é – ela responde – não larga o passado.

   Talvez ela esteja cera devo largar o passado. Talvez Maria nem lembre de mim...

   Entro no banho.

                                               --

Já é meia noite. Ainda estou acordado. passei a noite toda pesquisando sobre Maria. Mas como eu disse tudo tem sua recompensa.

Achei o endereço dela.

Agora na cama começo a pensar por que escrever uma misera carta se eu posso ir até lá?

Ia ser uma boa aventura.

Alem disso tenho dinheiro de sobra para essa viagem.

Está decidido parto amanhã em busca de Maria.

Agora tenho que dormir...

                                --

Já é de manhã!Nem acredito!

É melhor eu fazer as malas:

- jooooooooooooooosh!!!!!!

-sim?

-vou viajar.

-que ótimo!Vai sair amanha?

-não, hoje.

-claro, senhor... pera ai? Você disse HOJE??

-é.

-mas você tem uma reunião com o seu chefe.

-adie ou até cancele.

-eu... E... An...sim senhor.

-ótimo. Peça a faxineira para passar minhas roupas e a cozinheira para fazer uma merenda e o café da manhã.

-sim, senhor.

Ele sai da sala.Finalmente estou sozinho.

Abro meu armário e separo cuidadosamente minhas roupas:

Camisas de manga comprida para cá, camisetas para lá, calças ali, shorts aqui. está faltando alguma coisa...já sei!

Material higiênico:

Escova de dente, pente, pasta de dente, shampoo, condicionador, sabonete, creme para barbear, etc.

Agora só falta colocar tudo na mala.

Pronto. Pego minha mala e saio do quarto. Josh vem me ajudar:

- senhor aqui está sua merenda.

- Obrigado Josh.

- De nada senhor. Desculpe-me a pergunta, mas aonde senhor vai?

- Vou achar Maria.

-Claro, que ótima idéia, o que?!Como vai achá-la?

-encontrei o endereço.

-mas e se ela se mudou?

-sei lá, eu me arranjo.

-desisto. Vai pode ir.

-volto logo.

Entro no taxi e digo:

-Aeroporto, por favor.

-vai viajar - ele pergunta - para onde.

- Itália.

-certo.

E começamos a andar.



                  2

Já estou no avião faz uma hora e só agora vamos pousar!Estou ansioso de mais para esperar.

Ufa!Finalmente a porta se abriu, sou o primeiro a sair do avião.

Procuro meu taxi desesperadamente.

Ahá ali esta ele!Entro rapidamente e digo:

-rua polblerone, 51.

O carro começa a andar, estou tão ansioso...

-chegamos - diz o taxista – rua polblerone, 51

-obrigado.

Pago a ele e toco a campainha.

Uma mulher de uns 60 anos atende:

-sim?

-estou procurando Maria Passadore.

-ela se mudou á 5 anos.

-você sabe o novo endereço.

-vou ver. só um minuto.

Aguardo ansiosamente, quando ela volta:

-aqui está rapaz – diz ela me entregando um papel – Maria Passadore.

Olho o papel esta escrito:

“Maria Passadore.

Rua August, 44, Inglaterra”

 -obrigado.

Digo, e vou-me embora.

Eu não acredito!Quer dizer Inglaterra!Por que ela se mudou da boa Itália para a Inglaterra!Maluca.

É melhor ir logo para o aeroporto. não quero perder o vôo para Inglaterra.

                               --

 Não acredito eu estou na Inglaterra, é incrível.

E essa Rua August, é ótima!!!

Tem uns 10 quarteirões de comprimento.

Toco a campainha, e uma mulher acima do peso (obesa) atende:

-siiiiim?

-estou procurando Maria Passadore, ela está?

-a cantora?!

-bem... - Maria virou cantora? -é.

-ela saiu para um intercambio e volta daqui a dois meses.

-você poderia me dar o telefone dela?

- claro.

Pego papel e caneta. ela dita os números:

-7722-8802.

Que sorte a minha ser empresário.

Pego meu celular e começo a discar o numero:

-alo –alguém atende – quem é?

- aqui é Carlos Mina e eu gostaria de falar com Maria Passadore.

 -ela não pode atender no momento. Quer deixar um recado?

-não quero saber o pais e o endereço de onde ela está.

-claro,estamos na índia,rua gashe,32,apto.3.

Ela desliga.

Índia esta brincando,penso,ela não pode estar na Índia!isso seria loucura.já estou a procurando faz duas semanas...

E ela está na Índia???Ma-lu-ca. Ela é maluca!

Não importa, aeroporto ai vou eu! De novo.

                 --



Eu sabia!ela não está na Índia nem nunca esteve lá!como sei disso?simples:

1.     eu estou na Índia.

2. a rua gashe não existe

3. um cara lá tem todos os CDs da Maria e disse que ela está em Paris no hotel tlat,rua petit.

Vou a Paris ainda hoje!

                --

Amo Paris venho aqui todo o ano. Chegando ao hotel tlat, pergunto:

-estou procurando Maria Passadore ela está?

O porteiro aponta para uma moça andando tristemente pelo jardim.

-é ela!- exclamo –deixe-me entrar

O porteiro abre a porta e sorrateiramente sigo Maria. Ela esta chorando. Ela se senta na grama desolada, vou ajudá-la:

-Maria?

Ela olha tonta para cima e de repente em um salto põe me abraça e diz:

-Carlos?!é você nem acredito estava com tanta saudade!

-eu também estava-digo acariciando seu rosto –eu também.

                 

                      3

Andando pelo jardim feito crianças converçamos:

-e então Carlos por que esta aqui?

- para falar a verdade...estava aqui a sua procura.

-não vai me dizer que você veio da Califórnia só para me procurar

- Na verdade eu da Califórnia fui para sua antiga casa na Itália, da Itália para sua nova casa na Inglaterra, de lá liguei para seu telefone e a moça que atendeu falou que vocês estavam na Índia numa rua que nem existe, e da Índia eu vim para cá.

-há,há,há,tudo isso por mim?

Ela perguntou docilmente, e eu respondi:

-Claro você merece. Por falar nisso desde quando você é cantora?

-fui demitida hoje.

-Ah, desculpe-me

- A culpa é da minha empresaria idiota!

- Precisa de um novo empresário - digo a ela entregando-lhe meu cartão – eu estou disponível.

-mas,é claro que sim!

Continuamos andando e conversando.

                                         --

Hoje vou almoçar com Maria. Tenho que me aprontar.

Visto meu melhor terno e saio. No caminho passo por uma joalheria e compro um anel para minha amada. Vou aproveitar o almoço de hoje para pedi-la em casamento.

                      --

Me ajoelho diante de Maria, pego o anel no meu bolso e peço:

-Maria,quer casar comigo,voltar aos estados unidos?

-eu... é...-aguardo ansiosamente a resposta-sim! Eu aceito!

-Sério?

-Sério.

Nessa hora já estavam todos olhando para nós e eu nem liguei.

Peguei-a no colo, girei e depois a beijei, só então disse:

-Vamos para Califórnia amanha,ok?

- Ok.

Esse foi realmente o dia mais feliz de toda a minha vida.

Beatriz de Camargo Castex Ferreira

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